O que é ser Santo ?

Ser Santo: Chamado, Caminho e Companheiros

O Chamado à Santidade

Ser santo não é ser perfeito, nem viver num pedestal inacessível. Ser santo é viver com o coração voltado inteiramente para Deus, mesmo em meio às quedas e fraquezas.

É reconhecer, no mais íntimo, que fomos criados para o Céu e que cada gesto nosso — ainda que escondido, pequeno ou difícil — pode ser um ato de amor eterno.

A santidade não é privilégio de poucos, mas vocação de todos.

É o chamado silencioso que ecoa em cada batizado: 

“Sede santos, como vosso Pai celeste é santo.”

E isso não se realiza em atos heroicos isolados, mas no cotidiano: no trabalho bem feito, na paciência com quem nos fere, na fidelidade quando ninguém está vendo.

A santidade é a vida comum, vivida com Deus e por Deus.

"A santidade não é um ideal distante — é a resposta concreta de quem ama a Deus no hoje que lhe foi dado."

O Caminho: Silêncio, Esforço e Graça

Mas como alcançá-la? 
Começa-se com o silêncio. Depois, com o esforço. E sempre com a graça. 
Santificar-se é dizer “sim” todos os dias: sim à verdade, sim à renúncia, sim à vontade de Deus quando ela contradiz a nossa. 
Não se trata de esperar sentir algo, mas de caminhar mesmo sem consolações. 
Orar, confessar-se com frequência, alimentar-se da Eucaristia e ordenar a própria vida são degraus seguros nessa escada para o Alto.
Santidade não é ausência de luta, mas fidelidade dentro da luta.
E não se percorre esse caminho sozinho: contamos com a Igreja, com os sacramentos, com a direção espiritual e, sobretudo, com o olhar fixo em Cristo crucificado, nosso modelo, nosso tudo.

Os Santos: Faróis da Eternidade

É aqui que os santos nos ajudam. Eles não são estátuas frias nem memórias antigas. São irmãos mais velhos, que já percorreram o caminho e agora intercedem por nós. Olhar para eles é lembrar que a santidade é possível em todas as épocas, em todas as realidades: soldados, donas de casa, estudantes, reis, analfabetos, mártires... Cada um respondeu ao chamado com o que tinha, mas deu tudo. Por isso, ao contemplarmos suas vidas, somos inspirados a viver com mais coragem e verdade. Eles nos ensinam que a santidade não é outra vida, mas esta mesma, iluminada pela fé. 
E caminhar com eles é caminhar com esperança.